Um hábito comum que a maioria de nós tem ou já teve, e que muitas vezes é inocente. Só que não. Copiar gestores com frequência em e-mails trocados com colegas de trabalho gera efetivamente um clima de desconfiança no ambiente organizacional.

A conclusão, que antes até poderíamos suspeitar, agora é comprovada em um estudo recente da Judge Business School da Universidade de Cambridge, com 939 participantes da China, Estados Unidos, Inglaterra e Holanda.

Mais do que criar desconfiança, a pesquisa aponta que essa ‘mania’ também promove a “cultura do medo e de baixa segurança emocional”. Os participantes relataram que quando um colega copia o chefe em resposta a uma mensagem, por exemplo, isso gera o sentimento de que o remetente não confia em sua competência, integridade e benevolência.

Em um tempo em que a comunicação por e-mail é tudo nas relações corporativas, esse ‘copia-copia’ para todo mundo é causa da enxurrada de e-mails diários, que afetam diretamente a produtividade e a assertividade das ações – mesmo que as pessoas tenham boas intenções, querendo promover a transparência e posicionar os envolvidos indiretamente, o que nem sempre ocorre, como sabemos.

Para tentar amenizar essas consequências e minimizar intrigas em virtude disso, cabe aos gestores darem o tom e estabelecerem regras ou políticas que direcionem quando e por que funcionários devem copiar seus superiores. Outra forma de manter a transparência sem causar desconfortos é a adoção de programas para gestão de projetos, em que todos podem incluir informações e ver em que pé estão as coisas, sem a necessidade de tantas mensagens.

Mas, também vale o bom senso do colaborador. Antes de apertar “enviar”, é preciso refletir quem realmente precisa saber do assunto e os motivos reais disso.  Assim, a confiança volta a reinar e a colaboração efetivamente acontece.

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:: Saiba mais sobre o estudo publicado na Harvard Business Review.

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